domingo, 8 de novembro de 2009
Quando o Chacaltaya Chorou...
Se insisto nesse olhar sobre as coisas, sobre o mundo
urso polar,
gêlo derretido,
chuva,
encontros e desencontros em um planeta cansado
Se o que era longe ficou perto,
nunca nada foi distante
apenas não conseguimos enxergar
Se em 1981 estava em La Paz, olhei para o Chacaltaya, fiquei maravilhado com seu manto branco de neves "eternas" e pensei em ir até lá, mas preferi deixar para outra hora, outra vez...
Hoje lamento meu engano, pois só restou a montanha, a neve se foi, escorreu morro abaixo, como lágrimas caladas, aquelas, de profunda dor.
Se desejo entender o tempo que corre veloz,
as horas que voam e escapam pelo ralo da impermanência,
apenas confirmo que meu olhar sobre as coisas, sobre o mundo,
insistentemente é o mesmo,
desde o primeiro olhar
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